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Nome: Iboga
Nome científico: Tabernanthe iboga
Classificação Xamânica: Planta Mestra Professora
Origem: Gabão, Camarões, Congo e toda Floresta Equatorial da África
Substâncias ativas: Ibogaína e outros alcalóides
Nomes mais conhecidos: Iboga e Ibogaína
A Iboga é um arbusto nativo da África equatorial, que nasce no vale do rio Muni, nos bosques tropicais do Gabão, no Congo e praticamente em todo território equatorial-oeste do Continente Africano e é utilizado por diversas seitas e religiões africanas, em especial pelos curandeiros, xamãs, mestres e professores da religião Bwiti, originária da República do Gabão.
Foram os pigmeus que a identificaram a muito tempo atrás, observando os javalís, que se alimentavam das raízes do arbusto e depois hibernavam por muitas semanas.
O arbusto de Iboga chega a medir de 2 até 10 metros de altura, suas flores são brancas e rosadas e seus frutos alaranjados.
O componente ativo da planta é a Ibogaína, que se encontrada nas raízes da planta, cujo corte é a base para diversos rituais e também um remédio de aplicação diária na África. Em pequenas doses a Iboga estimula o Sistema Nervoso Central, é afrodisíaca, vigorizante e supressora da fome e do sono.
Fora da África a Iboga está sendo usada no tratamento da adicção, alcoolismo, tabagismo, cocaína, crack, heroína e morfina, garantindo a cura sem os simtomas de abstinência. Sem falar que desintoxica o corpo em poucos dias.
Em doses grandes o Iboga nos induz a visões, por isso tem se tornado um elemento central em diversos rituais africanos. Um dos mais conhecidos se chama Bwiti, da etnia Fang. Bwiti significa "liberdade" e se sustenta no consumo de grandes doses de Iboga para acender as visões e assim refletir sobre sua vida e para renascer fisicamente e mentalmente. Nesta ordem de idéias, se relaciona com os temas universais da vida e da morte, e pode considerar uma cerimônia análoga aos desaparecidos mistérios euleusianos da Grécia antiga.
Na religião Bwiti os rituais duram 2 dias, onde as pessoas mastigam e comem as raízes do Iboga, tomam seu chá e se banham das folhas da planta. Durante o ritual a pessoa enfrenta várias provas de renascimento e purificação. Quando termina o ritual, desperta um sentimento de amor, paz e equilíbrio para com toda a Natureza.
Em estudos preliminares com ratos, a substância conhecida como Ibogaína confirmou suas propriedades anti-dependência do álcool. O mecanismo pelo qual a substância age no corpo foi identificado, abrindo novos caminhos para o desenvolvimento de drogas para combater o mal.
Durante a pesquisa, ratos e camundongos foram induzidos ao consumo de álcool em doses diárias até habituarem-se à bebida. Os testes com Ibogaína demonstraram uma queda efetiva no consumo da substância pelos roedores, diretamente relacionado ao aumento da produção de uma proteína pelo cérebro, o GDNF. A relação entre o GDNF e o controle da dependência permitirá o desenvolvimento de medicamentos para tratar o alcoolismo, sem os efeitos colaterais da Ibogaína.
Mesmo com suas propriedades terapêuticas reconhecidas, a Ibogaína não deve ser estudada como base para o desenvolvimento de remédios – sua alta toxicidade e características alucinógenas são os principais motivos para que o mecanismo pelo qual ela funciona seja utilizado pela indústria farmacêutica sobre diferentes formas.
A Ibogaína é hoje utilizada por clínicas de tratamento em 12 países em seis continentes para tratar o vício em álcool, cocaína em pó, crack, heroína e metanfetamina, assim como para facilitar a introspecção psicológica e exploração espiritual. Embora tenha sido colocada na proibição das drogas mais rigorosas nos Estados Unidos e em vários outros países.
Canadá e México, ambos permitem tratamento com Ibogaína nas clínicas a operar abertamente e contribuir para uma maior compreensão do processo de dependência. Já no Brasil, nenhuma lei se pronunciou até o momento.
Além do uso ritual, a Iboga auxilia no tratamento de desintoxicação e adicção (drogadição).
Além do uso ritual e tribal da África, a Iboga está sendo utilizado em vários países, inclusive nos países europeus, onde surgiu a religião Sacramento da Transição, se baseia na consagração da Iboga, onde a maioria de seus membros são ex-viciados em drogas.
O efeito da Iboga nada se compara a nenhuma outra Planta Mestra Professora. Ela atua imobilizando o Sistema Nervoso Central, deixando a pessoa com uma sensação de fraqueza, induzindo-a ao sono profundo. Neste estado inicia-se a expansão da Ibogaína, deixando a pessoa como se fosse um zumbi e em alguns casos levando a pessoa a um estado de coma induzido, que se desfaz, quando o efeito passa.
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