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Nome: Tabaco
Nome científico: Nicotiana tabacum
Classificação Xamânica: Planta de Poder
Origem: América
Substâncias ativas: Nicotina
Nomes mais conhecidos: Tabaco, Fumo e Tabacum
Tabaco é o nome comum dado às plantas do gênero Nicotiana L. (Solanaceae), em particular a Nicotiana tabacum. É uma planta originária da América. Um de seus principais componentes é a Nicotina. Os povos indígenas da América utilizavam o Tabaco com fins medicinais, em cerimônias e rituais de cura.
Foi levado para a Europa pelos espanhóis no início do século XVI. Era mascado, ou então aspirado sob a forma de rapé (depois de secar as suas folhas). Em 1561 Jean Nicot (de onde deriva o nome da nicotina), embaixador francês em Portugal, aspirava-o moído (rapé) e percebeu que ele aliviava suas enxaquecas. Desta forma, nesse mesmo ano enviou sementes e pó de Tabaco para França, para que a rainha Catarina de Médicis, o experimentasse no combate às suas enxaquecas. Com o sucesso deste tratamento, o uso do rapé começou a se popularizar. O corsário Sir Francis Drake foi o responsável pela introdução do Tabaco na Inglaterra em 1585, mas o uso do cachimbo só se generalizou graças a outro navegador, sir Walter Raleigh.
O hábito de fumar o Tabaco como mera demonstração de ostentação se originou na Espanha com a criação daquilo que seria o primeiro charuto. Tal prática foi levada a diversos continentes e, somente por volta de 1840, começaram os relatos do uso de cigarro. Neste ponto, a finalidade terapêutica original do Tabaco já havia perdido seu lugar nas sociedades civilizadas para o hábito de fumar por prazer.
Embora o uso do cigarro tenha tomado enormes proporções a partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), foi apenas em 1960 que foram publicados os primeiros relatos científicos que relacionavam o cigarro ao adoecimento do fumante graças a grandes fundações multibilionárias que vêem nessa iniciativa um meio de controle civilizacional, engrandecimento do estado e, consequentemente, a criação de um governo mundial.
Do Tabaco nasce o rapé, termo que deriva do francês râper, "raspar", que é o Tabaco moído em pó para inalar.
O rapé é feito do Tabaco, derivado da planta Nicotiana tabacum, que após sua preparação serve para fumar, cheirar ou mastigar.
Algumas tribos indígenas produzem tradicionalmente seu rapé. É considerado terapêutico, e algumas etnias também o preparam com entheógenos como as sementes de Paricá. Entretanto, o rapé indígena é apenas para consumo não-ritual, e cada etnia possui suas próprias receitas. Os Huni Kuins (Kaxinawás) do Acre o preparam com meia porção de Tabaco e meia porção de cinzas de madeiras selecionadas. Consomem o rapé com grandes canudos em forma de V chamados "tipí", pois nesse caso não aspiram, e sim são "soprados" por um parceiro. Relatam que o rapé se usa para esfriar o corpo, pois quando se trabalha muito debaixo do sol, ao ir tomar banho de água fria das cacimbas, pode-se pegar um resfriado, e é bom cheirar rapé antes. Mais que estimulante, o uso do rapé faz baixar a pressão.
A forma tradicional de preparar rapé é utilizando fumo de rolo. Esse fumo é vendido enrolado em palhas de palmeira. O Tabaco é fracionado com uma faca (migado) e depois torrado cuidadosamente em uma panela seca, sem deixar que se incendeie. Os outros temperos também costumam ser torrados, pois depois disso é necessário colocar o conteúdo em uma peneira, para ir soltando o pó fino. Esse pó fino, sem resíduos, é o rapé pronto para ser inalado.
O rapé, em tempos passados, foi o grande estimulante do nariz. Ainda é possível encontrá-lo em tabacarias, fabricados em pequenas indústrias. No Nordeste e Norte do Brasil, entretanto, os mesmos comerciantes de Tabaco costumam preparar rapé artesanal e estocá-lo para venda. Esse rapé artesanal adiciona ao Tabaco outras plantas, como sementes de cumaru-de-cheiro e imburana, cravo-da-índia, canela, erva-doce, entre outros.
Dor de cabeça, enxaqueca, gripe, resfriado, febre, tosse, catarro, indigestão e dor estomacal, é vermicida e estimulante.
Além do uso medicinal o Tabaco é utilizado nos rituais e cerimônias indígenas. Existem fumos fortíssimos, que expandem a consciência e dão força ao curandeiro, pajé ou xamã, para enfrentar os espíritos trevosos. Usado também no Cachimbo Sagrado, como defumador e purificador, promovendo a limpeza de energias negativas.
O efeito do Tabaco depende de seu grau de força, se fraco é mais utilizado para defumação, se intermediário, utilizado medicinalmente e se forte, utilizado para expandir a consciência e promover ensinamentos e cura.
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